UBUNTU, uma filosofia africana de vida.
Eu sou porque nós somos. Eu só existo porque
nós existimos.
A palavra
ubuntu origina-se da família lingüística localizada na região sul do continente
africano, notadamente, da língua Zulu e Xhosa da África do Sul, portanto dos
povos Banto. Esta palavra surge de um conhecido provérbio Zulu – ou Xhosa que
diz o seguinte: “Umuntu Ngumuntu Ngabantu“, que na língua portuguesa
significaria “Uma pessoa é uma pessoa por intermédio das outras pessoas“.
Esse
ensinamento faz todo sentido. Basta verificarmos os diversos casos históricos,
lendários ou reais que demonstram o facto de que, crianças abandonadas ou
perdidas nas florestas e que foram criadas em meio aos animais, apesar de
manterem a forma corporal humana, claro, não tem o comportamento humano padrão.
Ubuntu é
uma palavra complexa que traduz-se num conceito moral, numa filosofia, num modo
de viver. Nas sociedades africanas dá-se muita importância ao altruísmo
coletivo, à partilha e a colaboração entre os seres humanos sempre com o devido
respeito. Ubuntu também pode ser entendido como um guia de conduta social
solidária onde aprende-se o comportamento humano civilizado.
Para melhor
compreendermos esse conceito africano, considerando-se que somos de uma cultura
ocidentalizada bastante diferente, poderíamos fazer um paralelo com o
mandamento cristão que diz: “Ama ao teu próximo como a ti mesmo” ou “Amai-vos
uns aos outros“. Também poderemos entendê-la lembrando que sentir compaixão
pelo outro é um sentimento absolutamente indispensável, de colocar-se no lugar
desse outro. Todavia, sentir compaixão não significa ser caridoso, sentir pena.
É muito mais do que isso, é ter um senso de identificação sincera, humilde, com
a dor do outro que é um ser humano tal qual você é, sem distinção de credo,
nacionalidade, sexo ou classe social.
Vídeo: Ubuntu -significado
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