A contribuição dos
negros na construção da sociedade brasileira é evidente. É possível notar sua
influência desde simples superstições até o modo de viver do brasileiro. O
cantar, o dançar, o sentir, o produzir e até mesmo o refletir foram
características legadas por meio dos negros. Essa grande influência teve início
a partir do tráfico negreiro, em que milhões de africanos foram forçados a sair
de seu continente de origem para exercer trabalho escravo no Brasil. O negro
foi considerado mercadoria no Brasil a contribuição do povo africano para a
formação brasileira foi primordial tanto na composição física da população
quanto na conformação do que viria a ser cultura, isso inclui várias dimensões,
como a culinária, língua, música, religião, estética, valores sociais e
estruturas mentais. Vale ressaltar que a cultura africana também incorpora
traços indígenas e europeus
Religião Africana
As religiões tradicionais africanas, também referidas como
religiões indígenas africanas, englobam manifestações culturais, religiosas e
espirituais originárias do continente africano que continuam sendo praticadas
nesse continente nos dias atuais. Há uma multiplicidade de religiões dentro
desta categoria. Religiões tradicionais africanas envolvem ensinamentos,
práticas e rituais, e visam a compreender o divino. Mesmo dentro de uma mesma
comunidade, pode haver pequenas diferenças de percepção do sobrenatural. São
religiões que não foram significativamente alteradas pelas religiões adotadas
mais recentemente (cristianismo, budismo, islamismo, judaísmo e outras).
Estima-se que estas religiões sejam seguidas por aproximadamente 100 milhões de
pessoas em todo território africano.
Os africanos quase sempre reconhecem a existência de um Deus
Supremo ou Demiurgo que criou o Universo (Olodum are[1], ou Olorun, Mawu,
Nzambi, etc). Muitas histórias tradicionais africanas falam que Deus, ou seu
filho, uma vez viveu entre os homens, mas que, quando os homens fizeram algo
que ofendeu a Deus, o divino retirou-se para os céus. Religiões tradicionais
africanas são definidas em grande parte por linhagens étnicas e tribais, como a
religião yoruba da África Ocidental.
Na África cada Orixá estava ligado originalmente a uma cidade
ou a um país inteiro. Tratava-se de uma série de cultos regionais ou nacionais.
Sàngó em Oyó, Yemoja na região de Egbá, Iyewa em Egbado, Ogún em Ekiti e Ondo,
Òsun em Ilesa, Osogbo e Ijebu Ode, Erinlé em Ilobu, Lógunnède em Ilesa, Otin em
Inisa, Osàálà-Obàtálá em Ifé, subdivididos em Osàlúfon em Ifan e Òságiyan em
Ejigbo
No Brasil, em cada templo religioso são cultuados todos os
Orixás, diferenciando que nas casas grandes tem um quarto separado para cada
Orixá, nas casas menores são cultuados em um único quarto de santo (termo usado
para designar o quarto onde são cultuados os Orixás).
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