domingo, 5 de junho de 2016

Política da África

ASPECTOS ECONÔMICOS, POLÍTICOS E HUMANOS



A maioria das nações vive em guerra civil, instabilidade política intensa e seca prolongada. Isso gera economias pobres e fragmentadas, incapazes de gerar riquezas para as populações. Caracterizam a África elevadas taxas de natalidade e de mortalidade e baixa expectativa de vida – agravada pela prevalência da AIDS em até 10% dos habitantes de alguns Estados.
Política: durante a colonização, tribos historicamente rivais foram obrigadas a viver num mesmo país, após a partilha do continente pelas potências europeias. Depois da Segunda Guerra Mundial, ocorrem as lutas pela independência e as tribos passam a disputar o poder entre si. Essa concorrência perdura em diversos países, onde grupos se alternam no poder através de guerras e massacres sangrentos entre etnias diferentes, como os de Darfur e Ruanda.
Economia: mesmo com grandes reservas minerais, a África encontra obstáculos para gerar riquezas. Justamente por serem exportadores apenas de gêneros alimentícios e minerais, os países africanos são vulneráveis à variação internacional de preços (em momentos de preços baixos, falta dinheiro e há endividamento e crise financeira no continente). Os recursos minerais africanos (como petróleo e diamantes) são dominados por poucos, que comumente os usam para financiar guerras civis e não para o desenvolvimento socioeconômico.


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Divisão Política da África

A divisão política da África não reflete os limites territoriais das etnias africanas, visto que é fruto da divisão realizada pelas potências coloniais europeias na Conferência de Berlim do ano de 1885. 
Atualmente, a África é o continente mais fragmentado do mundo, composta por 54 países (48 continentais e 6 insulares), mas a maioria dos países africanos alcançou sua independência somente depois do processo de descolonização, iniciado após a Segunda Guerra Mundial. As lutas anticolonização africanas, as rivalidades étnicas, frequentemente atiçadas pelos antigos colonizadores, e o jogo político do período da Guerra Fria fizeram do continente um palco de conflitos sangrentos durante toda a segunda metade do século XX.
O continente, por ter sido considerado mero território colonial, foi fragmentado sem levar em conta os valores, religiões e tradições de seus povos. A divisão artificial criada trouxe problemas para administrar os instáveis e nada coesos novos territórios, gerando graves distúrbios socioeconômicos enraizados na economia exportadora de matéria-prima, com uma grande população miserável, alto índice de mortalidade, abandono, violência, corrupção, fome, desorganização, guerras civis tribais, golpes de Estado, além de conflitos étnicos e religiosos.
Apesar de ser considerado um dos continentes mais pobres do mundo, a África é vista no início do século XXI como uma área estratégica de investimentos internacionais devido ao crescente mercado consumidor, expansão da economia e um ambiente favorável a negócios, com taxas de retorno competitivas.

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Unificação política


Em 1960, 15 países africanos conseguiram sua independência. Com os novos Estados nasceram também novas organizações de caráter supranacional, como a OUA (Organização para a Unidade Africana) ou algumas tentativas de unificação política entre os países do Magreb (Argélia, Marrocos e Tunísia). Em 2002, a OUA foi sucedida pela União Africana (UA), que congrega todo o continente, menos o Marrocos. Tendo como modelo a União Europeia, a UA pretende promover a unificação econômica e política da África. O avanço, no entanto, tem sido lento em função dos sérios conflitos do continente. Apesar das conquistas políticas, alguns países ainda mantêm fortes laços em relação aos antigos colonizadores, beirando o intervencionismo em algumas circunstâncias.
Vai ser fácil lembrar de Nelson Mandela, o icônico e indiscutível ativista e defensor da liberdade. As reflexões sobre Mandela vão, naturalmente, ser mais focadas na parte de sua vida em que lutou pelos direitos humanos: durante anos ficou preso injustamente, durante o apartheid, por causa de sua obsessão com a reconciliação racial, num país em que isso parecia irreversivelmente distante.
Se a biografia pessoal de Mandela certamente mexe com a alma, muitas vezes servindo como inspiração para mudanças sociais, esta não foi sua única contribuição para a história. Há uma tendência de ignorar ou subestimar sua perspicácia executiva e seu estilo de liderança. Foi preciso muita habilidade e astúcia política para conseguir o que muita gente considerava impossível: guiar, de forma pacífica, a maior e mais poderosa economia da África por um período de transformações políticas radicais.
Mas mesmo durante seu mandato como presidente da África do Sul, o resto do mundo não parecia estar dando muita atenção ao que exatamente ele estava fazendo como chefe de Estado. Parecíamos satisfeitos em saber nada além das lendas que o transformaram numa espécie de ser metafísico ou místico. Ainda assim, os atos de Mandela, o presidente, trouxeram provavelmente muito mais consequências e foram mais transcendentes do que os de Mandela, o ativista e revolucionário.
E é fundamental observar isto porque a África está repleta de histórias de revolucionários pós-coloniais que destronaram regimes tiranos e descobriram depois que governar países é bem mais difícil do que promover rebeliões e guerras civis. Construir é bem mais difícil do que destruir. Neste sentido, Mandela foi realmente um diamante naquele continente bruto. E esse pedestal quase mitológico no qual ansiosamente o colocamos só diminui sua solidez como líder e administrador. Ao assistir novamente ao semibiográfico “Invictus”, um belo drama sobre Mandela e o time de rugby da África do Sul que disputou a Copa do Mundo de 1995, logo após a notícia da morte de Mandela, fiquei impressionado em ver como o diretor Clint Eastwood (de todas as pessoas) conseguiu captar a rotina e o eficiente estilo de governança do homem conhecido como Madiba.
Há um modelo de governança fascinante e altamente impactante na história do presidente Nelson Mandela que é encoberto por uma série de motivos. As referências do senso comum e da cultura pop sobre Mandela são irritantemente preguiçosas e racialmente unidimensionais - é mais fácil relegar negros que mudaram a história a nada mais do que oradores, que dão belos discursos e fazem grandes protestos. Este é, por exemplo, parte do problema que atormenta o presidente Barack Obama desde que era candidato. Há segmentos da população culturalmente míopes, que não estão dispostos a levá-lo a sério como um executivo nacional ou percebê-lo como algo mais do que um “ativista de comunidade”, muito menos a ter qualquer confiança em deixar um homem negro comandar qualquer coisa.
Havia algo de novo no estilo de Mandela de administrar o país, que era radicalmente diferente do que faziam seus pares no resto do continente, como o teimoso vizinho Robert Mugabe, no Zimbábue. Mandela escolheu uma abordagem pragmática que, se examinada de perto, serviu como ponte entre o modelo tirano e corrupto da África pós-colonial até o que estamos vendo agora, uma economia dinâmica com bom padrão de governança. E que estimulou um período de crescimento sem precedentes para o continente, com uma previsão de crescimento da economia em 6% em 2014, e sua força de trabalho expandida em 122 milhões até 2020. Como prova de que o crescimento da classe média na África é real, a Massmart, subsidiária da Walmart na África do Sul, planeja abrir 90 novas lojas na África subssaariana.
É claro que ainda há trabalho a fazer num continente sitiado por guerras civis, diamantes de sangue e tiranos gananciosos. Mas há diversos pontos positivos que ganham pouca atenção da imprensa. Há sociedades de classe média estáveis e prósperas como Botswana e há os mega estados emergentes, como aquele planejado por Quênia, Tanzânia, Uganda, Ruanda e Burundi para formar um poderosa e politicamente unificada Federação da Africa Oriental, que vai unir as economias com uma só moeda.
Essas tendências apareceram e se desenvolveram na era Mandela, quando ele abraçou os modelos de governança democrática e rapidamente descartou qualquer ameaça de governo autocrático, como os que assombraram as nações da África por tanto tempo. O verdadeiro legado de Mandela pode ter sido o modelo de liderança do século XXI que ele introduziu na África no final do século.






























http://m.oglobo.globo.com/mundo/como-mandela-mudou-politica-africana-11009089

http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2012/01/africa-continente-sem-historia.html


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